Monday, October 29, 2007

Sunday, September 02, 2007

traduc2o;


Essas partes de ti que o mundo há lido,
os corações em nada as acrescentam:
dão-te as línguas (voz de alma) o que é devido,
nua verdade, e adversos a sustentam.
Louvor de fora a forma te coroa,
mas língua que te presta o que já é teu,
noutros acentos do louvor destoavendo
mais longe do que o olhar lhe deu.
Vê toda a formosura em tua mente
e supôe-na à medida dos teus feitos,
mas pensa vil (o que o olhar desmente)
à flor te acrescentar cheiros suspeitos.
___Mas se o cheiro co'a forma não faz um,
___é que em tal solo cresces em comum.

PS: preciso melhorar o desenho dos pés.

Tuesday, August 28, 2007

67.


Those parts of tree that world's eye doth view
Want nothing that the thought of hearts can mend;
All tongues, the voice of souls, give thee that due,
Utt'ring bare truth, even so as foes commend:
Thy outward thus with outward praise is crowned.
But those same tongues that give thee so thine own
In other accents do this praise confound
By seeing further than the eye hath shown;
They look into the beauty of thy mind,
And that in guess they measure by thy deeds;
Then churls thier thoughts (although their eyes were kind)
To thy fair flower add the rank smell of weeds.
___But why thy odour matcheth not thy show,
___The soil is this, that thou dost comon grow.


arrisco-me a criar em inglês.
PS: sou o do meio.

Friday, August 03, 2007

au revoir;

Nunca mais andarei de bicicleta
Nem conversarei no portão
Com meninas de cabelos cacheados
Adeus valsa "Danúbio Azul"
Adeus tardes preguiçosas
Adeus cheiros do mundo
Adeus puro amor.
Aguardem-me lá fora
As multidões famintas justiceiras
Sujeitos com gases venenosos
É a hora das barricadas
É a hora do fuzilamento, da raiva maior
Os vivos pedem vingança
Os mortos minerais vegetais pedem vingança
É a hora do protesto geral
É a hora dos vôos destruidores
É a hora das barricatas, dos fuzilamentos
Fomes desejos ânsias sonhos perdidos,
Misérias de todos uni-vos
Fogem a galope os anjos-aviões
Carregando o cálice da esperança
Tempo espaço firmes porque me abandonastes.

Wednesday, July 25, 2007

traductiòn;

T u__m e__d e i x a s__b e m__t o n t o
Tu és o meu carrossel, você é
Uma volta e já estou pronto
Para ir para o céu

A volta ao mundo eu dava
Que tonto assim não ficava
Por mim a terra nem rodava
S ó__t u__j á__m e__b a s t a v a s.

Sunday, July 08, 2007

la tetê;

T u__m e__f a i s__t o u r n e r__l a__t ê t e
Mon manege a moi, c'est toi
Je suis toujours a la fete
Quand tu me tiens dans tes bras

Je ferai le tour du monde
Ca ne tournerait pas plus que ca
La terre n'est pas assez ronde
P o u r__m ' e t o u r d i r__a u t a n t__q u e__t o i .

Un baiser toxiquè.

Wednesday, July 04, 2007

stiller;

. Não sei ao certo o porquê de eu continuar aqui;
. Saudade ou medo do que não conheci?
. Mas alguma coisa, eu sei, me força a ficar, mesmo assim se eu for e voltar, eu temo; temo não ter teu abraço, morro sem teu corpo e ser negado por teu beijo. Pois o tempo, meu caro, costuma caminhar em linha reta, não importa em quantos pedaços seu coração foi quebrado, ele não pára para que você o concerte.
. E se por algum motivo tiveres algo a dizer:
. - Diga!
. A oportunidade que passa possivelmente não volta e depois pode ser tarde demais para tentar corrigir os erros, reparar danos e secar lágrimas em panos.
. Hoje, acordei com vontade de ser Lawrence, protuberante e decidido; mas ao lembrar de teus olhos volto a ser Maurício, errante, querendo-te novamente.

Wednesday, June 27, 2007

lord;

Olá, me chamo Millôr, não sempre, mas hoje sim; Gosto de me disfarçar às vezes, mostrar-me como realmente sou sob uma outra casca enigmática.
Passeando pelas ruas sem ser percebido, sem que apontem meus olhos, sem que reconheçam a velha pessoa que me acostumei a ser; acostumei a sentir.
Busco nas palavras; quiçá um consolo, um carinho, uma atenção dos olhos curiosos, mas não com aquela que habitualmente detenho, é uma admiração por simplesmente não conhecer; ler e sentir, sentir e acreditar, acreditar e voar.
Como de praxe, sigo até minha varanda carregando em mãos, bobas escritas de desilusão.Em duas metades, em dois balões eu solto-as. Deixo que o vento as leve, orando para que se depare com teu sorriso em súbito bafo do teu perfume.
Agora sou Charles, aquele que te ligou noite passada; de repente sou Rogers, o qual lhe fez amar. E num susto sou Maurício, tal qual lhe fez odiar. Lês então e sai a correr, teu álibi meramente te faz correr sem saber onde vai, onde fica;
Sintas o aroma, meu amor; Por onde veio e apenas digas que não me esqueceu.

Wednesday, June 20, 2007

depoim.nto;

''amar não só o fato de permanecer; mas amá-lo como tal o momento de partir; sentir nas doces ultimas palavras uma vontade de voltar, trazendo consigo novidades com perfume de flores; ''poder abraçar com vontade e com a mesma intensidade do amor jovem, transformando-o eterno e guardá-lo como tesouro.
simplesmente não conseguir dormir sem receber notícias, ao menos ligar para dizer “olá”, para ouvir a voz. palavras engasgadas, suavizadas pela saudade.
''depois de anos aprende-se a lidar com as diferenças, a respeitar os espaços sem ser omisso a questões relevantes, suscitando levemente palavras que contornam a situação.
então chegamos, podemos ir ou podemos ficar.
os caminhos são mostrados, dogmas serão mestrados,então escolheremos, inseguros; mesmo porque a sociedade é incerta demais para planos.
''curvas e voltas nos levarão para o mesmo lugar,
para onde o vento sopra,
onde a chuva cai.

Thursday, June 14, 2007

Mu ;

'parecido com o som dos bovinos;
sim, eu o conheci.
'então como de primeira impressão levou-me a
dar mais uma chance a vida;
mais uma volta de passos largos
ao redor do lago das almas.
'foi sucinto, nosso momento foi breve
pois agora só o que resta é o dolce& perfume,
a leve lembrança
e seu drago pudor.
'não me lamento,
fui recompensado com as palmas aos meus escritos,
deixo então um tóxico;
um tóxico beijo,
um baisertoxiquè.

Sunday, June 03, 2007

se você fosse meu;

'quiçá, passearíamos, assim,
num ritmo de tarde de inverno.
'quem dera dormiríamos,
envoltos por um cobertor de ovinos dos Alpes;
'gélidos, melancólicos,
com data marcada para um grande sono.
'então cansados dessa tortura:
fugiríamos.
'cambaleantes,
depois de tombos tomados,
pois o terreno do futuro é incerto demais para planos,
e ele costuma cair em meio ao vão.
'ouviríamos; o doce som amargo desta sinfonia,
cantada pelos pássaros,
tomada pelo vento,
morta pela dor.
'te levaria,
a menos que não quisesses,
conhecer o mar dos lenços azuis,
as pontes de fios rosados;
'onde tudo isso é possível
onde eu mergulharia em seus olhos
e seria sim,
''seu.

Tuesday, May 08, 2007

1, 2, 3, 4;

'há dias que o sono não me visita,
que o bem estar não me faz companhia,
que a dor é a mão que me alimenta.
já faz horas que você não me liga,
semanas que não me chama,
meses que não me faz ser seu.

'há anos que passo em frente a sua casa,
décadas busco uma sombra em sua janela;
um centenário de esperanças,
de ver seu olhar de menino travesso.
na sua espera, no suplício de uns segundos,
na tortura de alguns minutos,
na presença da morte sobre uma hora.

'então já desconhecia,
a primazia destes sentimentos,mútuos,
decorrentes em fração de instante,
contados no relógio da vida,
registrados no caderno do medo; medo
de perder-te, de não mais sentir-te.
vem para mim... são quatro;
um,
d is,
tr s,
qua ro;

Sunday, May 06, 2007

conf.s.on;

''batendo aceleradamente,
sim, eu posso sentir;
calefações de um momento ímpeto,
sentimento mutuo, confissão, suor;
'almas flamejantes habitando agora,
um só corpo, uma só mente,
mundos distintos, caminhos opostos
cruzam-se agora com um só intuito,
o qual nenhum, nenhuma,
nem ninguém já saiba para onde leva,
para onde vai;
'então nessa vaporização, escura,
o medo aflora, segura em minhas mãos;
'você pode sentir?
extragaláctico.

Monday, April 16, 2007

blue;

já não faz mais sentido olhar para traz
porque os fatos nos trouxeram até aqui;
tentando eternizar momentos,
palavras jogadas ao vento,
pensando em algo que acho: nunca senti.

mas não é motivo de melancolia,
pois no caminho algo foi mestrado;
sorria! continue caminhando
embora, eu não esteja mais a seu lado.

rimas calouras e baratas
escritas em momentos inoportunos,
seriam talvez mandadas por carta
mas prefiro me manter distante,
com você, em meus sonhos noturnos

Monday, March 26, 2007

fin;

[...] ‘a brisa agora leva as cinzas, carrega consigo parte de nossa breve história, agora com um leve odor de meia volta.
‘esperando ainda o telefone tocar, uma notícia de boas vindas, que chegarás esta tarde, carregando um pedaço de uma delas, que veio com perfume de flores, trazida pelo vento, não esquecida, agora me beije, faça eterno; momento.

inicio, meio e;

‘lá estava registrado. todos aqueles momentos que talvez eu mesmo não me permitisse esquecer, todos os olhares que eu não ousei trocar, todas as falas que eu não ousei dizer.
‘tocadas por minhas lágrimas, prisioneiras de minhas confissões, borradas pelo pranto, secadas pelos olhos e levadas pelo vento.
‘nelas estavam, cada instante, ansiedade à sua espera, cada momento de saudade, meras palavras deixadas como prova de minha angustia, prova de meu martírio.
‘porém hoje, já não me permito mais, foram tomadas pelo fogo, suscitado por seu doce perfume, trezentos e sessenta graus, a minha volta, tudo queima; agora [...]

Saturday, March 10, 2007

monocromatic;

'então agora sigo por um caminho de pedras, pretas e brancas, como no meu mundo monocromático você estava acostumado a ver. no suave balanço eu continuo, onde as flores dançam e as árvores cantam, ao ritmo do som do fracasso.
'abutres ao alto, me rodeiam a espreita de um deslize, de mais uma falha entre as tantas outras que já cometi, entre os inúmeros tombos que cai; então me levanto.
não, não me espere para o jantar, a partir dessa noite, nossos mundos seguiram por traços opostos, nossos olhos enxergaram novos horizontes, como nas clichês histórias encapadas em duro papel vermelho.
'respirando como de costume, eu vou em frente, contrariando todas as letras jogadas acima, eu te peço: vem comigo?

Tuesday, March 06, 2007

bitersweet;

piscando os olhos como quem não quer ver,
balançando a cabeça como quem simplesmente não concorda;
apontando agora os ouvidos para apenas o que se quer ouvir, pois chegou a hora de se recompor. se.
regurgitadas meias palavras de emoção, raiva, compaixão; pregadas sob o ardor de quatro paredes, onde hoje se fazem abertas para que entre o som, para que se mostre a verdadeira face, a verdadeira questão.
ouça! agora nem tudo parece mais fácil, viver em súbitos segundos mostra-se como um sonho, minha cabeça já fora mais ágil, não tão frágil, na medida menos simples que eu puder.
sinta! O balanço agridoce dessa sinfonia; ela está viva e caminha pelo trajeto habitual, como quem, algo ou alguém lúcido, costuma fazer; entreter.
grite! no ritmo, agora tudo parece mais calmo, pulando as pegadas marcadas e deixando as novas como história. não, não gabe-se; lutamos, nem tantos motivos para glória; cantamos.
meras palavras jogadas no papel. olá! me chamo vento. me chamo vida. me chamo medo;
me chame de seu, apenas seu.

Tuesday, February 20, 2007

negativando;

querer e poder, ambíguos planos cartesianos;
[ s={9,1,2007} ]

eu quero, e você sabe disso;
[partir]

às vezes acho que você também quer.
[possibilidade]


melhor permanecermos assim.
[permanecer]

Monday, February 19, 2007

brooq;

depois das pedras jogadas chega à hora de levantar-se; meios passos à frente, cambaleantes.
subindo você olha as coisas como realmente foram feitas para serem vistas, abaixo dos olhos de quem se esguia para olhar o que tem acima, como quem se vê na necessidade de saber o que se passa no outro lado e mal sabe o que se passa sob si mesmo.
subindo você lembra que um dia descera, lembra que seus passos já foram mais firmes, objetivos.

e se realmente importasse a roupa suja;

e se realmente o que contara fora seu belo par de olhos azuis;

e se sob aquilo tudo que você construiu estivesse um punhado e meio de areia, que se desbanca com o vento, se move pelo ar e leva tudo aquilo que um dia você acreditou, investiu;

se realmente fizesse efeito os cinqüenta miligramas de sua fluoxetina;

abra os olhos, respire bem fundo e morra;

agora renasça; e o que você vê?

aquilo que você é.

Sunday, February 11, 2007

cronometro;

é como se nesse momento eu respirasse, saboreando o doce néctar do martírio de um cotidiano, no qual hoje experimento sua alma e bebo de seu pudor. me sinto vivo depois de quase duas décadas, olho para um penhasco e vejo sua beleza e já não mais imagino a dor que sentiria ao jogar-me.

dez horas da manhã, o sino bate e acompanha a doce musica da vida, aquela criança que agora chora poderá um dia sorrir, aquela mãe que agora ri ainda se desfará em chorar. e nessa “vengeance douce de cerise” aqueles que o julgam serão julgados, os fracos derrubados e pobres dos apaixonados.
sinta-se como todos sentem, ou apenas não sinta;
veja o que os outros vêem, ou apenas não veja;
o amor é descoberto, mofado por anos sob um lençol branco e grosso, abafado pelos cansados de sofrer e levantado pelos homens de sorte;
a cada momento faça valer a pena, vida em subtos segundos
3... 2... 1... 0

[...]