Wednesday, June 27, 2007

lord;

Olá, me chamo Millôr, não sempre, mas hoje sim; Gosto de me disfarçar às vezes, mostrar-me como realmente sou sob uma outra casca enigmática.
Passeando pelas ruas sem ser percebido, sem que apontem meus olhos, sem que reconheçam a velha pessoa que me acostumei a ser; acostumei a sentir.
Busco nas palavras; quiçá um consolo, um carinho, uma atenção dos olhos curiosos, mas não com aquela que habitualmente detenho, é uma admiração por simplesmente não conhecer; ler e sentir, sentir e acreditar, acreditar e voar.
Como de praxe, sigo até minha varanda carregando em mãos, bobas escritas de desilusão.Em duas metades, em dois balões eu solto-as. Deixo que o vento as leve, orando para que se depare com teu sorriso em súbito bafo do teu perfume.
Agora sou Charles, aquele que te ligou noite passada; de repente sou Rogers, o qual lhe fez amar. E num susto sou Maurício, tal qual lhe fez odiar. Lês então e sai a correr, teu álibi meramente te faz correr sem saber onde vai, onde fica;
Sintas o aroma, meu amor; Por onde veio e apenas digas que não me esqueceu.

Wednesday, June 20, 2007

depoim.nto;

''amar não só o fato de permanecer; mas amá-lo como tal o momento de partir; sentir nas doces ultimas palavras uma vontade de voltar, trazendo consigo novidades com perfume de flores; ''poder abraçar com vontade e com a mesma intensidade do amor jovem, transformando-o eterno e guardá-lo como tesouro.
simplesmente não conseguir dormir sem receber notícias, ao menos ligar para dizer “olá”, para ouvir a voz. palavras engasgadas, suavizadas pela saudade.
''depois de anos aprende-se a lidar com as diferenças, a respeitar os espaços sem ser omisso a questões relevantes, suscitando levemente palavras que contornam a situação.
então chegamos, podemos ir ou podemos ficar.
os caminhos são mostrados, dogmas serão mestrados,então escolheremos, inseguros; mesmo porque a sociedade é incerta demais para planos.
''curvas e voltas nos levarão para o mesmo lugar,
para onde o vento sopra,
onde a chuva cai.

Thursday, June 14, 2007

Mu ;

'parecido com o som dos bovinos;
sim, eu o conheci.
'então como de primeira impressão levou-me a
dar mais uma chance a vida;
mais uma volta de passos largos
ao redor do lago das almas.
'foi sucinto, nosso momento foi breve
pois agora só o que resta é o dolce& perfume,
a leve lembrança
e seu drago pudor.
'não me lamento,
fui recompensado com as palmas aos meus escritos,
deixo então um tóxico;
um tóxico beijo,
um baisertoxiquè.

Sunday, June 03, 2007

se você fosse meu;

'quiçá, passearíamos, assim,
num ritmo de tarde de inverno.
'quem dera dormiríamos,
envoltos por um cobertor de ovinos dos Alpes;
'gélidos, melancólicos,
com data marcada para um grande sono.
'então cansados dessa tortura:
fugiríamos.
'cambaleantes,
depois de tombos tomados,
pois o terreno do futuro é incerto demais para planos,
e ele costuma cair em meio ao vão.
'ouviríamos; o doce som amargo desta sinfonia,
cantada pelos pássaros,
tomada pelo vento,
morta pela dor.
'te levaria,
a menos que não quisesses,
conhecer o mar dos lenços azuis,
as pontes de fios rosados;
'onde tudo isso é possível
onde eu mergulharia em seus olhos
e seria sim,
''seu.